domingo, 19 de junho de 2011

Notas sobre a saída de Tarja Turunen do Nightwish(histórico) - Parte 2

Continuação da Parte 1:

"Nightwish: Tarja Turunen fala mais sobre a demissão"

por Rodrigo Monteiro, através do site Omelete

Ontem, Tarja Turunen falou um pouco mais a respeito de sua demissão do Nightwish. Em uma carta aberta publicada em seu site pessoal, a agora ex-vocalista mediu suas palavras. Apesar de longa, a carta não traz muitas novidades. A artista conta como foram as gravações do DVD End of an era, fala sobre as emoções de alegria sentidas naquela noite após o show, e de toda a tristeza e raiva que viriam no dia seguinte, quando leu a carta de Tuomas e se deu conta de que estava fora da banda. Segundo ela, foram ditas coisas mesquinhas a seu respeito na carta e ela não se reconhece ali nem imaginava que essa era a imagem que os demais membros do Nightwish faziam dela. Também disse estar indignada com o fato de seu marido ter sido envolvido na confusão e com a maneira como Tuomas levou a “roupa suja” da banda ao público.

Atualmente na Argentina, ela diz que, apesar de tudo, não consegue sentir raiva dos demais membros da banda. A carta termina da seguinte forma: “Agora chegou o momento de me acalmar e refletir sobre tudo isso”.


“Eu preciso colocar meus sentimentos em ordem e prometo que voltarei a público em breve. Anunciarei uma coletiva de imprensa na qual falarei de meus planos para o futuro. Isso não significa que vocês podem esperar que esse encontro seja um instrumento para atacar qualquer pessoa. Não será. A maravilhosa música que criamos juntos não será danificada pelos eventos recentes”.
Já do outro lado da história, Tuomas falou um pouco a respeito do presente e futuro de sua banda. Em entrevista à agência de notícias finlandesa STT ele disse: “Eu sei que a saída de Tarja é um choque para muitos dos fãs do Nightwish. É claro que é. Eu mesmo estou triste e desapontado. Eu não odeio Tarja. Tentei colocar o máximo possível de fatos na carta, para que as pessoas pudessem perceber que todos têm um papel a desempenhar na banda, não apenas Tarja”.
 
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Caderno G – Gazeta do Povo- trecho da entrevista com Tarja Turunen, em  05/08/2008 as 09:44  por Angela Antunes, através do site Gazeta do Povo
 
 
A sua saída do Nightwish foi um pouco conturbada. O que aconteceu?


Sim, eu fui expulsa da banda.


Por que isso aconteceu?


Foram muitos problemas durante muitos anos. Para ser honesta, o tempo passou e eu ainda não estou com vontade de falar sobre os problemas na banda. A música sempre foi a coisa que mais importou. Por tantos anos, nós trabalhamos muito bem, mas definitivamente não teria como passarmos por esses nove anos sem problemas. Era muita falta de comunicação ou até mesmo nada de comunicação entre os membros da banda. Foi difícil.


A carreira solo era algo que já havia passado pela sua cabeça?


Eu cheguei a pensar nisso uns dois anos antes de eu sair da banda. Eu cheguei a gravar um álbum de Natal anteriormente e foi algo diferente para mim porque queria trabalhar com música clássica, mas naquela época eu não podia fazer isso. Mas eu não tinha nenhuma música escrita, então eu tive que juntar tudo bem rápido (aos risos).


Você acha que a carreira solo abriu novas oportunidades que não aconteceriam se você permanecesse na banda?


É muito difícil falar do “se eu tivesse” porque eu não tenho como dizer. Eu não acho que eu teria feito esse trabalho solo se eu estivesse com a banda porque não seria a minha prioridade. Não seria possível pelo menos não dessa maneira. É claro que seria muito difícil continuar na banda, e eu digo que estou muito mais feliz no momento do que eu estive em muitos anos.


Depois de cerca de dois anos em carreira solo, quais foram os pontos positivos e negativos desta nova fase?


O ponto negativo foi o início. Eu estava muito nervosa e eu tive que aprender tantas coisas novas em tão pouco tempo. Eu tive que conhecer novas pessoas, as pessoas da minha nova gravadora, da produção do álbum. Eu tive que fazer juntar toda essa informação num espaço de tempo muito curto. Então essa foi a parte difícil. Mas a melhor parte é essa liberdade que eu tive de fazer música que eu realmente amo, escrever música com as pessoas que eu amo e realmente aproveitar a música. No Nightwish eu não era a única pessoa que escrevia as músicas. É a primeira vez que eu pude começar com algo por conta própria e foi maravilhoso.
 
Você não vê problemas em tocar algumas músicas da banda no seu show solo?



Não, toco ainda às vezes. Eu escolhi algumas músicas que estavam melhores por causa da minha performance vocal ou outras que não costumávamos tocar ao vivo. É legal eu ter a oportunidade de tocar elas agora, já que quando a gente gravou era o início da minha carreira e eu não tinha a voz que tenho hoje. E agora eu posso me divertir com isso (risos).


Quais são as principais diferenças entre este trabalho e o que você fazia anteriormente?


É diferente no sentido que não pode ser categorizado, não poderia ser, por exemplo, heavy metal. Existe muito mais variedade, diferentes estilos de músicas. Algumas têm de um lado uma melodia linda e marcante e ao mesmo tempo não tem bateria, e nada em outras músicas. É muito emocionante e para mim eu não conseguiria colocar em uma categoria. Você tem que ouvir e sentir a emoção do álbum. Estou muito positiva a respeito disso.
 
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Pronunciamento em coletiva de imprensa que Tarja fez logo após sua saída(os vídeos estão com legendas em espanhol, em breve legendas em português):
                                                                 
                                                                       Parte 1


Parte 2
 
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